quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Amor...

Se eu tentasse definir, hoje, o que é "amor", certamente, essa "definição" chegaria muito mais perto de tudo o que a gente tem do que de qualquer outra coisa que eu já tenha sentido antes por alguém.

O amor não tem muito a ver com assistir a filmes e ficar sonhando ou se emocionando com trilhas sonoras. O amor tem mais a ver com convivência, com dia a dia, com sutilezas imperceptíveis em curto prazo. 

A emoção do início é maravilhosa, mas não é duradoura. São alguns meses de friozinho na barriga, ansiedade por uma ligação ou um convite, por mensagens e declarações.

Depois de toda essa euforia, o que fica, naquele domingo à tarde de filmes repetidos na TV a cabo, é o que, para mim, aproxima-se mais de "amor". 

Porque amar, talvez, seja querer voltar pra casa depois de um dia de trabalho, sabendo que tudo vai estar lá, de novo, do jeitinho que você deixou. Talvez seja planejar aquela viagem de férias, a decoração aconchegante da sala ou qualquer outro detalhe de uma vida cheia de dias iguais, maravilhosos e insubstituíveis dias iguais, ao lado do outro. 

Eu não sou uma amante da rotina, confesso, mas admito que é a rotina que nos mostra onde realmente queremos estar, com quem queremos dormir e acordar pelo maior tempo que for possível. É a rotina que nos mostra onde e com quem nos sentimos em casa.

Felicidade de verdade deve ter algo a ver com amar nossos dias comuns, amar o "durante" e não só os finais de semana... não só o diferente ou o que fuja ao cotidiano.

Uma vez li algo assim: "Sempre quis alguém que me tirasse do chão, que me tirasse o ar. Hoje quero alguém que divida o chão comigo, que me traga fôlego"(FM).

 E acho que é bem assim! Melhor do que saber o amor, inquietante, é senti-lo, calmo e acalentador.

O amor vai se construindo também com amizade,  eu acho.. desentendimentos, rotina. Um vai ajudando o outro, vai se acostumando com o jeito do outro, com o perfume, com o sorriso.. um vai confiando no outro, apoiando-se, descobrindo-se e, assim, sem querer ou perceber, esse amor vai  se edificando.

Eu nunca soube como era o "depois". Depois que o filme acaba, depois que eles ficam finalmente juntos, depois que passa a euforia.. Nunca soube como é sentir que alguém está ali por uma única razão, e pela mesma razão que você... porque quer estar.

Agora, talvez, haja algo diferente... Nada de fogos de artifício, encontros inesperados, ansiedades, dúvidas e espera.. Agora, existe dia a dia, lado a lado, mãos dadas e pés... no mesmo passo, compasso e direção.

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